segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Hermes, a invenção da lira e uma teogonia

[Hermes seduz Apolo com um canto que acompanha na recentemente inventada lira: "Hino homérico a Hermes", 418-33]

... e a lira na mão direita,
com o plectro experimentava escala afinada; sob a mão
ela ecoava tremendamente, gargalhava Febo Apolo
com júbilo, atravessou seu juízo a amável rajada
da prodigiosa música, e doce desejo o agarrou
no ânimo ao ouvir. Tocava a lira amavelmente
e, com coragem, pôs-se à esquerda, o filho de Maia,
de Febo Apolo, e logo, tocando de forma aguda,
proclamava um prelúdio, e seguia-lhe a voz amável,
dando autoridade aos deuses imortais e à lúgubre terra
como primo surgiram e cada um granjeou sua porção.
Memória foi o primeiro deus que honrou com o canto,
a mãe das Musas, a quem foi atribuído o filho de Maia;
aos outros, por idade e como nasceram cada um,
aos deuses imortais honrou o radiante filho de Zeus,
narrando tudo pela ordem, soando a lira sob o braço.

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