Assim começa o "Hino homérico a Apolo":
Que eu lembre e não ignore Apolo alveja-de-longe,
ele a quem temem os deuses ao entrar na casa de Zeus:
tão logo ele se aproxima deles, saltam
todos dos assentos quando estira o ilustre arco.
Leto é única que fica ao lado de Zeus prazer-no-raio,
vê, ela pendurou o arco e fechou a aljava;
após dos seus ombros fortes com as mãos o pegar,
pendura o arco contra a coluna do pai dele
no gancho de ouro e leva-o e o assenta em poltrona.
Para ele néctar deu o pai em taça doutrada,
brindando o caro filho, e depois os deuses restantes;
lá se sentam, e alegra-se a augusta Leto
porque pariu um filho porta-arco e vigoroso.
Sobre a memória na época arcaica grega, cf.
VERNANT, J.-P. (2002) "Aspectos míticos da memória". In: Mito e pensamento entre os gregos. Rio de Janeiro: Paz e Terra
BAKKER, E. (2002) "Remembering the god's arrival". Arethusa 35: 63-81 [em parte, uma análise dos versos acima]
MORAN, William S. (1975) "Μιμνήσκομαι and ‘remembering’ epic stories in Homer and the Hymns". QUCC 20: 195-211
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