Estranho, não falaste bem; varão iníquo pareces.
Certo, os deuses não conferem graças a todo
varão, nem físico, nem juízo, nem eloquência.
De fato, um, na aparência, é varão mais débil,
mas o deus com a formosura coroa suas palavras; outros
deleitam-se em mirá-lo, e ele fala de forma segura,
com amável respeito, destaca-se na aglomeração
e, ao se deslocar na urbe, como a um deus o miram.
Já outro, quanto à aparência, é semelhante a imortais,
mas a graça envolvente não coroa suas palavras:
assim também tua aparência é proeminente – e outra
nem um deus a faria –, mas na mente não és sagaz.
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