terça-feira, 12 de abril de 2011

Leituras: lírica, aula do dia 27 de abril

 As traduções dos epigramas estão na apostila de traduções (xérox); uma tradução dos epigramas de Simônides também pode ser achada no artigo de Robert de Brose mencionado em post anterior.
Abaixo, uma tradução do fragmento elegíaco Simônides 22 West 2. O texto e uma tradução em inglês podem ser encontrados no livro editado por Boedeker e Sider, mencionado na bibliografia:
](do) mar...
](‘particípio feminino’) caminho
] onde, ‘part. masc.’, percorr[
[                                                       ]
                                                    ]ria a viagem [                             5
] mundo/arranjo (poético: kosmos) de coroas-de-violetas
ao recinto de muitas árvores cheg[
] ilha brilhosa, adorno [
e filho de Eque[crátidas de louros cabelos
com os olhos, ] pegaria pela mão [                                        10
de sorte que a jovem flor de sua en[cantad]ora pele
verte das pálpebras desejável [saudade
e eu [ ] entre flores
reclinando, branc[ ] rugas
para as madeixas desejável recém-brotad[                              15
] de belas flores [ca[ntarei] desejável, soante [
movendo língua prec[isa]
[                                       ]
desses 20
altisson[ante
As interpretações mais comuns são:

Viagem real: o eu lírico imagina o amado viajando para uma ilha; um dos dois celebra a chegada.

Viagem escapista: Utopia + erótico. Elogio erótico que se conhece de outros fragmentos e poemas.

Viagem post-mortem: eu lírico talvez imaginando uma viagem para unir-se a Equecrátidas na ilha dos bem aventurados. Um deles ou ambos seria rejuvenescido. Tradição de que o poeta é alguém que pode contactar os mortos. Variação de Yatromanolakis: eu lírico feminino. Poema seria um treno.

Para uma excelente discussão crítica dessas interpretações, cf. BROSE, R. de (2008) "Simônides 22W2: lamento ou utopia?". Calíope 18: 84-104

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