.................................................respondi:
Senhora, não te amedrontes com essa vil
calúnia dos homens: durante a noite –
isso me ocupará – torne teu ânimo propício. 10
Realmente crês que um tal nível de miséria
alcanço? Devo-te parecer um pobre coitado,
não como sou nem como os de quem descendo.
Sei gostar de quem gosta de mim
e odiar quem me odeia e vil... 15
formiga. Junto a esse discurso está a verdade.
Essa cidade (...) a qual te diriges,
nunca homens a saquearam, e tu
agora com a lança a tomaste e grande glória adquiriste.
A ela governa, o reinado seja teu; 20
para muitos homens isso será digno de inveja.
Isso seria inquestionável não fossem os versos 17-21, que podem (opinião da maioria) ou não ser uma metáfora (cf. Jenny S. Clay em artigo de 1986).
Ainda não vi o novo livro da Paula da Cunha Corrêa, e talvez ela tenha incluído o fragmento em alguma discussão (formigas? fragmento 196?). Há um paper do Ewen Bowie sobre ele apresentado em 2005, mas não sei se já foi publicado.
'Será digno de inveja': trata-se de um adjetivo aparentemente biforme, ou seja, pode se referir a um homem ou a uma mulher', portanto, 'serei digna(o) de inveja'.
ResponderExcluirQuero dizer 'serás digna(o) de inveja'.
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